Vário Garimpeiros ilegais que atuam na Terra Indígena Yanomami começaram
a fugir do território após o início de ações de repressão à atividade
clandestina. Na última quarta-feira (1º), a Força Aérea Brasileira iniciou
controle do espaço aéreo e usa aeronaves com radares superpotentes.
Segundo a polícia, o motivo da fuga é por conta de uma grande operação que
vai acontecer nos próximos dias para expulsar, de vez, os garimpeiros do
território. A reserva indígena será ocupada pelas Forças Armadas Nacional e
pela Polícia Federal.
A estimativa é que ao menos 20 mil garimpeiros estejam na Terra Indígena
Yanomami. A ação ilegal deles causou uma crise humanitária sem precedentes no
território. São pouco mais de 30 mil Yanomami na área que deveria, por lei, ser
preservada. No entanto, tem sofrido com o avanço do garimpo ilegal, que só
em 2022 cresceu 54%.
Para se ter uma ideia, de Surucucu, região de referência no território,
até Boa Vista são ao menos 280 km — o que dá cerca de 1h30 de voo. A
região é de mata fechada e montanhosa, o que pode agravar o trajeto de fuga dos
garimpeiros. Já de barco, eles devem enfrentar um percurso de, pelo menos, sete
dias pelo rio Urariocera.
Neste sábado (4), durante a visita em Roraima, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse que o governo já tomou ciência da saída dos invasores por meio dos serviços de inteligência. Para ela, é um bom indicativo de que as operações de destruição podem diminuir.
“Se eles saem sem precisar dessa força de segurança, dessa força policial, então melhor para todo mundo”, avaliou.
Com informações do G1/ Roraima