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Eduardo Bolsonaro publica foto fake sobre aumento da gasolina: ‘Reclamem com o PT’

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou, nesta sexta-feira, uma foto nas redes sociais de uma faixa num posto de gasolina que responsabiliza o Partido dos Trabalhadores (PT) pela alta no preço dos combustíveis, fazendo referência à reoneração imposta pelo governo federal esta semana. Na imagem compartilhada pelo parlamentar nesta sexta-feira, há os seguintes dizeres no cartaz: “Caros clientes, o preço do combustível subiu por causa dos impostos do governo, somente repassamos. Vocês que fizeram o ‘L’: reclamem com o

Eduardo Bolsonaro publica foto fake sobre aumento da gasolina. À esquerda, a imagem alterada. À direita, a foto original da faixa no posto, tirada em 2015. Foto Reprodução

No entanto, o conteúdo da faixa foi alterado. A foto original é de fevereiro de 2015. Na época, um posto de gasolina em Ponta Grossa, no Paraná, exibiu a mensagem para justificar aos clientes o aumento do preço dos combustíveis no estabelecimento. A frase original exibida no cartaz responsabilizava a então presidente Dilma Rousseff (PT): “Caros clientes, o preço do combustível subiu por causa dos impostos do governo, somente repassamos. Reclamem com a Dilma”.

Na publicação do parlamentar, alguns seguidores parabenizaram o posto pela faixa fake e alguns manifestaram interesse em abastecer no local. “Se alguém souber onde é esse posto, me avisa! Quero abastecer lá!”, escreveu uma mulher. O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) também comentou o post com “Faz o L”, frase que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm usado para ironizar e criticar feitos da atual gestão do presidente Lula (PT).

Em uma hora, a publicação já contabilizava mais de 59 mil curtidas. Na legenda, Eduardo escreveu: “Complicado é [que] quem não votou em corrupto também vai sofrer com essa alta”. Procurado pela equipe de reportagem, o deputado não respondeu sobre a publicação até o momento.

Escalada do preço da gasolina

Segundo dados a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço da gasolina em janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência, era de R$ 4,268. Com a política de preços da Petrobras atrelada ao mercado internacional, a gasolina chegou a custar R$ 3,818, em maio de 2020, auge da pandemia do coronavírus, e bateu R$ 7,25 em junho de 2002 influenciada pela guerra da Ucrânia, um mês antes do início da campanha eleitoral.

Com a disparada dos preços e de olho na campanha eleitoral, o governo Bolsonaro adotou a retirada dos tributos federais, o que fez a gasolina chegar a custar R$ 4,860, em outubro de 2022, ainda segundo a ANP.

A medida, porém, perdeu a validade no último dia do ano. Para evitar um aumento repentino, o governo Lula editou uma medida provisória prorrogando o benefício temporariamente. Esta semana, o combustível voltou a ser taxado com tributos federais em R$ 0,47, o que representa um auemento de até R$ 0,60 aos consumidores nas bombas dos postos.

Fonte: O Globo.

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