Sábado, Julho 27, 2024
InícioPolíticaEm editorial, Estadão aponta “notória ignorância ética” de Dino

Em editorial, Estadão aponta “notória ignorância ética” de Dino

Indicado de Lula toma posse no STF no dia 22 de fevereiro

O jornal O Estado de São Paulo faz uma crítica à indicação de Flávio Dino como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em editorial publicado nesta sexta-feira (9). O veículo dispara que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não indicou seu “companheiro” por seu “relativamente desconhecido saber jurídico”, e sim por seu “notório saber político”.

– Lula não disfarçou seu desejo de consolidar a Corte como fiadora do Executivo e plenário de “terceiro turno” do Legislativo, confessando seu “sonho antigo” de instalar nela alguém com “cabeça política” – diz o texto intitulado Notória Ignorância Ética.

O editorial aponta que, após ser aprovado pelo Senado, o ex-ministro de Lula deveria se ater ao seu novo oficio, o que o texto chama de “confeccionar o figurino judiciário”. No entanto, ele “decidiu aferrar-se até o último minuto à caneta de ministro da Justiça”.

– Mal passou o bastão ao sucessor, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, resolveu fazer um “pit stop” no Senado para propor “projetos”, algo que poderia ser feito por sua suplente – diz o periódico.

O texto também faz uma retrospectiva da atuação de Flávio Dino no Ministério da Justiça ao longo do ano de 2023 citando, por exemplo, a “Operação de Garantia da Lei e da Ordem” e seu “Programa de Enfrentamento às Organizações Criminosas”. Tais ações foram classificadas como “resultados ineficazes”, que não passam de projetos de populismo, em vez de tocar a causa dos problemas.

O editorial continua sua crítica assinalando que Dino “saracoteia” pelos Três Poderes, já que seu ego “não cabe num só”.

– (…) Como se seu ego não coubesse num só Poder, Dino saracoteia pelos três, ostentando a um tempo seu saber político e sua ignorância ética.

E finaliza:

– Num momento de tensionamento institucional e insatisfação da sociedade com a politização da Corte e com o protagonismo individual e a falta de exemplaridade de seus integrantes, o ideal seria um novo ministro discreto, técnico, rigorosamente avesso às disputas partidárias e ao exibicionismo das mídias sociais.

Stay Connected
16,985FãsCurtir
2,458SeguidoresSeguir
61,453InscritosInscrever
Must Read
Related News