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Prefeitura anuncia piso de R$ 4,4 mil para professores da rede municipal

A Prefeitura de Teresina vai enviar na próxima segunda-feira (14) para a Câmara Municipal um projeto de lei que fixa o piso dos professores da rede municipal no valor de R$ 4,4 mil. Na data, uma coletiva de imprensa será convocada para fazer o anúncio oficialmente. 

O objetivo do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (MDB), é o de pagar ao magistério um piso 13,5% maior do que o piso nacional instituído pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que é de R$ 3.845,63 para professor da educação básica com jornada de 40 horas semanais.

Junto do novo piso, a administração municipal passará a pagar um auxílio alimentação de R$ 250. 

Assim, somada à uma Gratificação de Incentivo à Docência (GID) de R$ 934, que já está incluída na remuneração da categoria, o valor que deve entrar mensalmente na conta dos professores municipais pode chegar a R$ 5.334. 

Em entrevista na manhã desta sexta-feira, Dr. Pessoa pontou que a administração municipal está analisando um reajuste geral e também para outras categorias como a da saúde. 

“Estamos trabalhando por classe, a educação, a saúde, e o geral. Daqui para a segunda-feira teremos prego batido e ponta virada”, frisou. 

O secretário de Finanças e vice-prefeito, Robert Rios (PSB), disse que os estudos do projeto de reajuste foram concluídos nesta sexta-feira (11). Ele também pontuou, sem mencionar quais, que a administração deverá fazer um corte de gastos em áreas que não forem essenciais. 

“O impacto da folha nós fizemos o estudo vamos suportar, não será fácil, vamos cortar gastos de outras áreas essenciais e os professores agora vão começar a entender a responsabilidade do Dr. Pessoa com eles”, explicou.

Professores questionam 

Em greve desde a última segunda-feira, os professores da rede municipal realizaram uma assembleia na manhã de hoje para deliberar sobre os próximos passos do movimento. 

Questionado se o projeto de piso de R$ 4,4 mil, anunciado por interlocutores da administração municipal, contempla a reivindicação da categoria, o coordenador geral do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), Sinésio Soares, disse se tratar de um “jogo de palavras”. 

Ele cobrou que a Prefeitura de Teresina apresente o projeto para o sindicato e cobrou que o reajuste seja linear, ou seja, que contemple proporcionalmente todas as progressões. 

“Isso é um jogo de palavras, quando você diz que tem um piso de R$ 4 mil, mas não diz onde vai aplicar o percentual. Normalmente, eles querem enganar a população, aplicam na classe C e tem que aplicar é na classe auxiliar, que são os que ganham menos e respeitar o escalonamento da tabela da lei municipal. Queremos ver o projeto e vamos ver se estão cumprindo a lei”, pontou.

Ainda durante a assembleia, que acontece em frente à Câmara Municipal de Teresina, a categoria decidiu pela continuidade da greve de professores da educação básica.  

O Sindserm informou que pelo menos 2 mil profissionais aderiram à greve. 

A categoria cobra o pagamento do reajuste de 33% no piso salarial do magistério, estabelecido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em portaria assinada por ele e o Ministro da Educação. Uma segunda cobrança dos servidores diz respeito ao pagamento de valores do rateio do  Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). 

Segundo Sinésio Soares, o grupo quer uma audiência pública com vereadores e cobra que os parlamentares votem a favor apenas se o piso estabelecido pela Prefeitura de Teresina for superior ao piso nacional. 

“Estão dizendo que estão estudando os números ainda e enviamos para os professores uma correspondência para que não votem nada fora da Lei, que respeitem a Lei 11.730 33, 33 de reajuste linear e também o rateio das sobras do Fundeb. Os vereadores responderam que pedimos muita coisa, pois pedimos uma Audiência Pública”, pontou. 


Por Paula Sampaio, do cidadeverde.com 

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