O Sebrae lançou o programa Comércio Brasil, uma iniciativa implementada com o propósito de aproximar essas empresas de compradores nacionais e regionais.
Foto: Raissa Morais
Para impulsionar as micro e pequenas empresas, o Sebrae lançou o programa Comércio Brasil, uma iniciativa implementada com o propósito de aproximar essas empresas de compradores nacionais e regionais, abrindo caminhos para um acesso sustentável aos mercados. O ponto central deste programa, relançado em meados de março no Piauí, é o trabalho de uma equipe de consultores, conhecidos como Agentes de Mercado, que se articulam na criação de oportunidades de negócios.
A metodologia do programa inclui um plano de desenvolvimento empresarial, um plano tático de vendas, a integração da empresa na plataforma do Comércio Brasil e rodadas de negócios.
Atualmente, cerca de 3,6 mil pequenas empresas de 43 segmentos diferentes já estão colhendo os benefícios do Comércio Brasil. Mais de 3,3 mil canais de comercialização foram prospectados, gerando um incremento de vendas que ultrapassa R$ 180 milhões. Esses números revelam o impacto positivo que essa iniciativa está tendo no cenário empresarial brasileiro.
O Carvalho Super, uma empresa formada a partir da reestruturação do Grupo Carvalho em 2019, é um exemplo do sucesso dessa iniciativa. A empresa apresenta uma proposta moderna e inclusiva, baseada em sua experiência de mais de 30 anos no ramo alimentício, onde é referência nos estados do Piauí e Maranhão.
Sergio Silva, coordenador comercial de Mercearia do Carvalho Super, compartilha sua visão de que o Sebrae consegue identificar as empresas que melhor se adaptam ao mercado e que oferecem produtos alinhados ao seu comportamento no mercado.
“Este projeto é de extrema importância, pois aproxima os pequenos e médios comerciantes dos gigantes do varejo. Ele reduz as dificuldades enfrentadas pelos supermercados ao buscar fornecedores. [Sebrae] nos ajuda com essa conexão e com o trabalho de aproximar as empresas que possuem produtos disponíveis para nós. Recentemente, nos apresentaram 9 empresas e, dentre elas, já estamos finalizando os processos com duas e aguardando a entrega dos produtos”, contou.
Foto: Raissa Morais
Isabella Muller, analista do Sebrae no Piauí, informou que na primeira rodada do Comércio Brasil no Piauí deste ano, a média de participação de empresas foi de 50, e agora está previsto atender 100 empresas até o início de dezembro.
“O projeto teve início em meados de março e é a retomada de uma iniciativa que já existia no Sebrae há algum tempo. Ele é de alcance nacional, com cada estado tendo sua própria versão, ajudando ainda mais microempreendedores individuais e pequenas empresas. A gente consegue visualizar que essa iniciativa preenche a lacuna para empresas mais maduras que precisam expandir e se conectar com grandes mercados”, falou.
Ricardo Luiz é CEO da ZipMap, uma startup que fornece plataformas que simplificam o gerenciamento de equipes externas. Ele afirma que o projeto contribui para o sucesso de sua empresa, que já conta com mais de 100 clientes em todo o Brasil.
“O Sebrae chancela nossa startup, apresenta potenciais clientes que precisam de transformação digital, que precisam de mais gerenciamento, em especial para equipes externas. Qualquer empresa que tenha atividade externa consegue agilidade, qualidade no serviço dela e mais produtividade”, explica Ricardo.
O empresário salienta que o projeto do Sebrae representa para a ZipMap um conjunto de bons negócios, bons contratos e um aumento na rentabilidade. “O projeto minimiza essa necessidade de bater de porta em porta, isso o Sebrae já coloca em grande volume, apresenta em várias empresas e com a credibilidade que já facilitam nosso trabalho”, explica.
Uma das melhores alternativas para aproximar pequenas empresas aos canais de comercialização
Isabella Muller comenta que o Comércio Brasil é visto nacionalmente como uma das soluções mais eficazes do Sebrae para aproximar micro e pequenas empresas de canais de comercialização. O projeto é respaldado por agentes de mercado Brasil afora, especializados em áreas como mercado, vendas e inteligência comercial.
A analista do Sebrae explica que, para fazer parte da Rede Nacional Comércio Brasil, as empresas devem atender a requisitos como ser uma micro ou pequena empresa formalizada, ter produtos ou serviços adequados ao mercado e contar com boa gestão de negócios. Os empresários interessados devem entrar em contato com o Sebrae mais próximo para obter mais informações.
Foto: Raissa Morais
O processo apresenta diagnósticos detalhados, levando em consideração aspectos como conhecimento de mercado, política de preços, logística e capacidade de produção. Após a avaliação, os agentes divulgam os produtos e serviços na rede, que são responsáveis por estabelecer conexões entre pequenos negócios e grandes compradores por meio de rodadas de negócios.
Fonte: meionorte.com