Profissionais de saúde do território Chapada das Mangabeiras participaram, nesta quarta-feira (21), de uma capacitação sobre o manejo clínico adequado para casos de dengue. O tema foi apresentado pela médica infectologista, Dra. Maria das Dores, servidora do Hospital de Doenças Tropicais Natan Portella.
Primeiramente foi apresentado um panorama sobre a doença, suas fases, sintomas, características de casos graves, cuidados que os profissionais precisam ter ao analisar sintomas, e recomendação para divisão em três categorias de casos que variam de acordo com a sua sintomatologia.
Foi dado destaque para o momento do atendimento, iniciando pela anamnese, entrevista com o paciente para buscar respostas para as dúvidas que surgirem sobre o caso, desde a sintomatologia ou outras informações que possam complementar o atendimento médico, como automedicação e outros pontos da vida do paciente.
O uso de repelentes também foi lembrado, além da importância da hidratação do paciente de acordo com o seu quadro de saúde, indicações que devem ser seguidas para realizar a internação hospitalar e critérios para a alta hospitalar dos mesmos casos.
A infectologista Maria das Dores destaca que o mais importante no manejo clínico é que os profissionais entendam como graduar cada caso da doença que chegue até eles, permitindo então definir a abordagem mais adequada para o tratamento dos casos.
“Dar essa condição para o médico definir em qual categoria de risco o caso se encontra, da mais segurança tanto para o paciente como para o profissional de saúde. Por exemplo, caso seja a segunda vez que a pessoa apresente dengue é preciso que o médico tenha um cuidado maior, pois sabemos que o quadro tem uma maior probabilidade de ser mais grave do que o anterior”, desta a médica.
A médica destacou ainda os benefícios que uma condução correta do atendimento leva para o paciente e reforça que a auto medicação é um risco que deve ser evitado, priorizando as orientações do profissional de saúde que atender o paciente.
“O uso de alguns medicamentos devem ser evitados pois corticoides, anti-inflamatório não esteroides podem agravar o quadro do paciente. O ideal é realmente a busca pelo serviço de saúde do seu município, sendo este capacitado para manejar os casos que busquem o atendimento. Deve-se priorizar a identificação do grupo que aquele caso pertence, e tomar as medidas adequadas para cada grupo, tendo atenção redobrada com os sinais de alarme”, reforça a infectologista.