Um professor da escola estadual Georg Keller, em Santa Catarina, foi afastado e será investigado pela Polícia Civil por ter apoiado o ataque à creche em Blumenau, ocorrido na última quarta-feira. O docente teria afirmado em sala de aula que “mataria uns 15, 20”, em referência ao ato criminoso praticado por um homem de 25 anos que invadiu a unidade de ensino e assassinou quatro crianças. O delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, informou ao jornal O Globo que o professor é suspeito de apologia ao crime.
Em vídeo gravado por alunos, o professor foi registrado dizendo: “Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. Após a divulgação das imagens, pais e alunos pediram a expulsão do profissional. A Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina informou que vai apurar a conduta do professor e tomará as medidas cabíveis.
O professor será intimado na próxima segunda-feira a prestar depoimento. A PCSC também quer ouvir os relatos da direção escolar e de testemunhas. A polícia instaurou um inquérito para apurar a conduta do professor, que está proibido de se aproximar dos alunos e terá que usar tornozeleira eletrônica.
Segundo uma aluna do primeiro ano do ensino médio, o professor costuma fazer comentários preconceituosos e de ódio em diversas ocasiões. Ela conta que a turma estava conversando sobre a tragédia em Blumenau, quando o professor entrou na conversa e afirmou que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”. Em outra ocasião, uma colega confessou estar triste durante uma aula, e o professor teria sugerido que ela retirasse a própria vida para “poupar oxigênio no mundo”.
A Polícia Civil de Joinville instaurou procedimento para apurar os acontecimentos, em princípio relacionados ao delito de apologia ao crime e ao fato criminoso ocorrido em Blumenau, na última quarta-feira, envolvendo o ataque a creche escolar.