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DONA SOCORRO

Poema de Ana Mauê

às 13:47

Quando vi no canto da esquina escrito

“respeito”

O banho de arruda desfez o nó que eu levava no peito

Aqueles olhos tão cansados estavam molhados

Eram enxugados pelas mãos amassadas

Cansadas da rede

Se esforçava para caminhar segurando na parede

As plantas no jardim morrendo de sede

Mil passos não se mede a dor que se sente

Nesse mundo incerto

Uma simples prece

Se torna um presente.

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