A China realizou nesta sexta-feira (08) mais um dia de exercícios militares próximos à ilha de Taiwan, que a China considera uma província rebelde. Os exercícios incluíram simulações de ataques aéreos e navais em direção a Taiwan. Esta ação ocorre em um momento de tensão crescente entre Pequim e Taipei, e também com a presença de navios dos Estados Unidos no Estreito de Taiwan.
por TaiwanREUTERS/Thomas Peter
Segundo a agência estatal de notícias chinesa Xinhua, os exercícios militares tiveram como objetivo “testar a capacidade conjunta das forças armadas chinesas em salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que os exercícios são “necessários para proteger a soberania nacional e a integridade territorial”.
O governo de Taiwan condenou os exercícios militares e afirmou que eles representam uma grave ameaça à paz regional. O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, afirmou que a ação da China é uma “provocação” e pediu que a comunidade internacional se una para defender a paz e a estabilidade da região.
Os exercícios militares da China ocorrem em um momento em que a relação com os Estados Unidos é tensa, com disputas em torno de temas como comércio, tecnologia, direitos humanos e a pandemia de Covid-19. Os EUA têm se mostrado comprometidos em apoiar Taiwan, e recentemente anunciaram que enviarão um alto funcionário para a ilha como sinal de apoio.