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Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de Penélope de Brito e vereador Thiciano Ribeiro em Parnaíba

A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) concluiu, nesta quinta-feira (4), o inquérito que apura o assassinato da guarda civil Penélope Miranda de Brito Castro e do vereador de Parnaíba, Thiciano Ribeiro da Cruz. O principal suspeito do crime é o guarda civil Francisco Fernando, ex-marido de Penélope.

Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o investigado foi indiciado por feminicídio consumado, homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra o taxista Paulo César Lopes Pereira, que ficou ferido pelos estilhaços dos disparos.

Detalhes do indiciamento

Em coletiva de imprensa, a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP, explicou que o inquérito reuniu provas suficientes para sustentar a acusação.

“Finalizamos na manhã de hoje o inquérito. Francisco Fernando foi indiciado por feminicídio consumado e majorado, figurando como vítima Penélope. Thiciano Ribeiro foi vítima de homicídio qualificado. Colocamos quatro qualificadoras: motivo torpe, sem chance de defesa, meio cruel e perigo comum. A arma usada, uma pistola Taurus 9mm, também foi incluída como qualificadora. Já em relação ao senhor Paulo César, ele foi considerado vítima de tentativa de homicídio qualificado”, detalhou a delegada.

Crime foi premeditado, diz investigação

A delegada ressaltou que o crime foi planejado e que as investigações revelaram o histórico de comportamento agressivo de Francisco Fernando com a ex-esposa. Ele teria se incomodado pelo fato de Penélope ocupar um posto de comando na Guarda Municipal de Parnaíba.

“Quando analisamos o contexto da relação, ficou claro que Penélope vivia uma situação de abusividade. Francisco era grosseiro, se incomodava com o fato dela ocupar um cargo de liderança. Amigos e familiares relataram que ele chegou a dar um ultimato: ou ela deixava o comando, ou o casamento terminava”, disse Nathália.

Após o fim do relacionamento, Penélope passou a ser alvo de perseguições e chegou a cogitar pedir medida protetiva. Ela recuou apenas quando acreditou que o ex-companheiro havia seguido a vida em um novo relacionamento.

Próximos passos

Mesmo com a conclusão do inquérito, a delegada informou que novos elementos podem ser acrescentados ao processo, caso surjam durante a tramitação do caso pelo Ministério Público.

“Encerramos o inquérito dentro do prazo, mas nada impede que informações adicionais sejam juntadas ao processo para subsidiar a denúncia e a fase de instrução criminal”, finalizou.

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