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Piauí investiga três casos suspeitos de intoxicação por metanol; primeiro registro é confirmado em Teresina

O Piauí registrou o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Teresina, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Com isso, o estado passa a ter três ocorrências sob investigação.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), os dois primeiros pacientes foram atendidos no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, e já receberam alta médica. O novo caso foi registrado na capital e está sendo acompanhado pelas equipes de saúde.

O primeiro paciente, um jovem de 28 anos, deu entrada no hospital na sexta-feira (3) apresentando dores abdominais, vômito e visão turva após consumir gin. O segundo caso suspeito foi registrado no sábado (4), também em Parnaíba.

No cenário nacional, o Ministério da Saúde contabiliza 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e mais de 200 em investigação. O órgão também confirmou duas mortes em São Paulo associadas à ingestão da substância. Outros 12 óbitos seguem em análise, sendo um em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.

O perito-geral de Polícia Científica do Piauí, Antônio Nunes, informou que os resultados dos exames que irão confirmar ou descartar a contaminação devem ser divulgados ainda nesta semana.
“Um deles deve sair hoje, até porque foi coletado antes desse novo fluxo. O segundo também deve ser feito hoje, dependendo do horário que o material chegar”, afirmou.

Para agilizar as análises, foi criada uma sala de situação com participação de vários órgãos, incluindo o Ministério Público, a Vigilância Sanitária, o PROCON e a Polícia Civil.
“Ontem foi instalada pela Secretaria de Segurança a sala de situação. Ficou acertado que todos os casos que vierem da saúde irão para o Lacen, em Teresina, e de lá para o nosso laboratório de química forense, se não for biológico”, explicou Nunes.

Segundo o perito, o objetivo é garantir rapidez nos resultados.
“A partir do momento em que o material chega aos laboratórios, o ideal é que o laudo fique pronto em até três horas”, disse.

Ele também destacou que essa agilidade é fundamental para o tratamento dos pacientes.
“A nossa pressa é porque o resultado não serve só para a polícia. Ele é essencial para orientar os atendimentos nas emergências. Em até 24 horas, confirmado o caso, o governo federal envia o antídoto ao local que precisar”, concluiu.

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