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Consumo das famílias brasileiras registra alta desde o final de 2022

Final do ano passado e começo desse ano tem acendido a esperança de um maior consumo das famílias brasileiras
Foto: Reprodução Agência Brasil EBC

Em matéria realizada pela Jovem Pan divulgou-se que, apesar da retração em diversos setores da economia, no final do ano de 2022, o consumo das famílias encerrou com alta acumulada de 4,3%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 2. O valor registrado é superior a alta de 3,7% do ano anterior. O consumo corresponde a cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB)

Em nota técnica, o Ministério da Fazenda analisou que o setor de serviços, alvo de consumo das famílias brasileiras, “se beneficiou de medidas de estímulo fiscal, tais como liberação do FGTS e elevação dos valores do programa de transferência de renda. Além disso, atividades relacionadas a serviços prestados às famílias se recuperaram da pandemia de maneira mais expressiva apenas em 2022”. No ano passado, o governo Bolsonaro distribuiu o Auxílio Brasil para 21,6 milhões de famílias. Valor médio do benefício chegou a R$ 607,14.

Por outro lado, o consumo do governo desacelerou de 3,5% para 1,5% e a formação bruta de capital fixo (FBCF) diminuiu de 16,5% em 2021 para 0,9%. As importações também desaceleraram frente a 2021, indo de 12% para 0,8%, enquanto as exportações cresceram 5,5%. O Ministério ainda cita a resiliência do mercado de trabalho, o reajuste real do salário mínimo e a elevação da faixa de isenção do imposto de renda para pessoa física como indicativos positivos para o crescimento econômico nos próximos meses do ano de 2023.

Para o vice-presidente Institucional da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio Milan, a previsibilidade nos recebimentos dos auxílios e ampliação do número de beneficiários ao longo do ano foram decisivos para a impulsionar o consumo dos gêneros alimentícios, principalmente para famílias com menor poder aquisitivo devido a elevada inflação que impactou a cesta de alimentos.

De acordo com o portal de notícias, Varejo S. A, para 2023, a ABRAS, projeta inicialmente um crescimento de 2,5% do Consumo nos Lares. “Nossas análises sinalizam para um crescimento positivo do Consumo nos Lares. Sabemos que há um comprometimento da renda com pagamento de dívidas e uma parcela significativa é empenhada para as tradicionais despesas de início do ano. Por outro lado, o reajuste do salário-mínimo em percentual acima da inflação, a manutenção do pagamento do Bolsa Família em R$ 600,00 e o pagamento (previsto a partir de março) de R$ 150,00 por criança de até seis anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda, devem trazem recursos que são destinados a composição da cesta de abastecimento dos lares. Nessa leitura inicial do cenário, eles são recursos que trazem segurança para os beneficiários e mais assertividade às operações do varejo”, analisa Milan.

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