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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: conheça a história de Vera, agente de atendimento do Aeroporto de Teresina e atleta de parabadminton

Supervisionar várias áreas do aeroporto, prezar pela organização, limpeza, funcionamento do wi fi, climatização, tirar dúvidas e ficar atenta ao fluxo de passageiros faz parte da rotina de Vera Veloso, agente de atendimento do Aeroporto de Teresina. Em seus dias de folga se empenha nos treinos de parabadminton e participa de campeonatos. Vera tem 38 anos e possui uma deficiência física de nascença. Se formou em Gestão de Recursos Humanos, cuida da mãe e relata não se sentir limitada no que se propõe a fazer. No mês de luta da pessoa com deficiência, comemorado o dia nacional no dia 21 de setembro, histórias como essa podem inspirar muitas pessoas.

Trabalhar na aviação foi um sonho desde a infância, que se concretizou em 2023, quando teve a oportunidade de trabalhar na CCR Aeroportos, empresa que administra o terminal teresinense. “Sempre foi um grande sonho trabalhar no aeroporto. Eu já tinha trabalhado em lojas, concessionárias de veículo, construção civil e até hospital, mas quando vi a oportunidade de vaga para pessoas deficientes no aeroporto, decidi abraçar a chance e me candidatar. Passei por vários testes e fui aprovada para esse desafio”, conta Vera.

Como toda mudança, a agente já pensou que poderia não cumprir todas as funções essenciais, mas com apoio de outros colaboradores teve a segurança necessária para seguir firme em busca do seu sonho. “Aqui, todos me acolheram com carinho e me mostraram que de alguma maneira, eu consigo exercer todas as minhas funções, mesmo que de forma adaptada”, ressalta.

Além das funções aeroportuárias, Vera entrou em mais um desafio e se tornou atleta de parabadminton. Hoje, já tem na bagagem cinco medalhas, duas de ouro e três de prata, fruto de campeonatos no Piauí, Maranhão e Recife. “Uma amiga fez o convite para eu conhecer o esporte em uma competição internacional que estava acontecendo em Teresina na quadra de esportes de badminton da UFPI. Nessa visita, os organizadores apresentaram o esporte pra gente e nos convidaram para fazer parte, mostrando que poderíamos virar grandes atletas. Entrei na categoria SU5 – deficiência de membros superiores e assumi mais esse desafio na minha vida”, revela a paratleta.

Depois de tanta dedicação, a atleta já faz parte do projeto de parabadminton da Confederação Brasileira de Badminton. Vera tambem destaca o quanto a prática do esporte ajuda em todos os setores de sua vida. “O parabadminton tem sido importante de várias formas na minha vida. Tem ajudado na minha saúde física e mental. Melhorou minha alimentação, crises de ansiedade e tenho muito mais energia para exercer todas as minhas funções com maior qualidade”, aponta.

Pensando no futuro

A agente do aeroporto e paratleta sonha alto e quer continuar estudando para crescer, cada vez mais, como atuante na aviação e também no esporte. “Não tinha experiencia na aviação e vejo que ainda estou engatinhando, aprendendo a cada dia. Eu sonho alto! Vou me dedicar para crescer ainda mais na CCR. No esporte não é diferente. Eu treino pensando em uma futura olimpíada e com determinação e treinos, eu vou chegar lá”, frisa Vera, que também dá um recado para quem possui ou não algum tipo de deficiência.

“Associando as duas funções da minha vida, eu aconselho que, sejam como um avião para voar cada vez mais alto para chegar ao seu objetivo, ou melhor, ao seu destino”, incentiva. Vera segue treinando e está se preparando para fazer parte de mais uma competição, que vai acontecer em outubro, em São Paulo.

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