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Motoristas e cobradores de ônibus em Teresina iniciam greve nesta segunda-feira (13)

Crise do transporte público da capital já se arrasta desde 2017. Prefeitura cadastrou 100 veículos para suprir demanda durante o movimento trabalhista.

Reprodução TV Clube

Os motoristas e cobradores de ônibus em Teresina começaram a grevar nesta segunda-feira (13). De acordo com o sindicato da categoria, o Sintetro, os trabalhadores reivindicam aumentos no salário, no auxílio-alimentação e na assistência à saúde.

Conforme a legislação, durante o movimento trabalhista até 70% da frota pode ficar parada, havendo a obrigatoriedade de circulação de pelo menos 30%. Em caso de descumprimento, o sindicato dos trabalhadores pode ser punido com multa.

Por nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que cadastrou 100 veículos (de um total de 254 veículos do banco de dados do órgão), entre ônibus, micro-ônibus e vans, para circularem durante o período de greve. Leia o comunicado do órgão na íntegra ao fim da reportagem.

Logo no início da manhã desta segunda, muitas paradas de ônibus estavam lotadas. Indicando que os 30% da frota e os veículos alternativos cadastrados pela Strans não estavam sendo suficientes para atender à demanda do horário, considerado de pico para o serviço.

Paralisações por salário atrasado e tentativa de acordo

Desde quarta-feira da semana passada (8), os trabalhadores de algumas das empresas de ônibus realizavam paralisações de até 3h, duas vezes por dia, reivindicando o pagamento do salário, que está, em alguns casos, há mais de 40 dias em atraso.

Somado a isso, a categoria também esperar ter demandas atendidas pela convenção com as empresas. Os trabalhadores queriam salários de R$ 2 mil para os motoristas e R$ 1.302,00 para os cobradores, com auxílio-alimentação de R$ 170,00 e assistência à saúde de R$ 70,00.

Além dos valores, o Sintetro também queria formalizar o recebimento de 60% do salário no dia 5 de cada mês. Da assistência à saúde no dia 10, do auxílio-alimentação no dia 15 e dos 40% restantes do salário no dia 20.

O sindicato dos trabalhadores, com o das empresas, o Setut, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) se reuniram com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na sexta-feira (10), para tentar chegar a um acordo.

Contudo, não houve entendimento entre as partes. O Setut emitiu uma nota (veja na íntegra ao fim da reportagem) na qual afirma ter proposto reajuste de 6% nos salários (a inflação está em 5,7% ), 20% no auxílio-alimentação e 33% na assistência à saúde. Mas a proposta não foi aceita pelos trabalhadores.

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