O influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva, conhecido como “Brunim“, é um dos alvos da Operação Rolezinho da Polícia Civil do Piauí e foi preso na manhã desta sexta-feira (13), em Teresina. Ele se tornou conhecido após divulgar rifas nas redes sociais que prometiam prêmios de alto valor financeiro, em troca de investimentos muito baixos. Diante das investigações, no dia 11 de janeiro deste ano, Ítalo Bruno foi preso durante a “Operação Jogo Sujo”.
Após várias denúncias anônimas, a polícia começou a investigar o caso e constatou inconsistências nas declarações financeiras do mesmo. Itallo recebeu autorização para retornar com as atividades de rifas através do Instagram, após acordo de delação premiada, mas com a devida regulamentação. O advogado Lucas Villa, que atuou na defesa de Itallo Bruno, deu esclarecimentos sobre a delação premiada feita entre a Polícia Civil do Piauí e o influenciador.
Com o acordo, o investigado não processou o Estado e voltou às atividades de forma regular. Anteriormente, a Polícia Civil havia divulgado que o influencer lavava dinheiro para uma facção criminosa em Teresina, o que foi descartado durante coletiva. Com a delação, Itallo abriu mão de boa parte dos bens adquiridos e poderá retornar às redes sociais.
Durante sua condução para a Central de Flagrantes, Itallo Bruno declarou que “ia voltar mais forte”. A TV Antena 10 flagrou o momento da chegada dos alvos na central. Para a imprensa, Itallo Bruno disparou que tudo isso é uma ‘provação e que voltará forte’. Dias depois, o influencer voltou e agora se prepara para retomar as rifas – de forma normalizada – e o uso das redes sociais, liberado pela justiça.
Na época, de volta às redes sociais, o influenciador falou sobre gratidão e recomeço. “Eu vou explicar tudo que está acontecendo, eu só quero meu tempo. Estou curtindo minha família, estava morrendo de saudade. No momento o que importa é isso, mas não quero deixar vocês de lado. Vamos voltar com tudo. Deus conhece meu coração, e quem me acompanha, me conhece também. Estamos recomeçando. […] Só tenho a agradecer a Deus e a vocês que acreditam no meu trabalho”, afirmou em curto vídeo divulgado no perfil.
Sobre a operação Rolezinho
De acordo com a polícia, Itallo e mais outros indivíduos realizavam manobras perigosas conhecidas como “graus”, realizadas por jovens em motocicletas nas avenidas de Teresina. Com mais de 441 mil seguidores, Itallo é um influenciador digital e em seu perfil no instagram compartilhava sua rotina com os seus seguidores.
Durante a ação, foram cumpridos 27 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão, além da suspensão de 27 contas na rede social “Instagram”, utilizadas para promover as atividades ilícitas. 28 motocicletas e um carro foram apreendidos.
Outro alvo seria Anderson Yago Carvalho de Brito, influenciador digital com 286 mil seguidores e mais de 300 publicações de malabarismo e equilíbrio em uma roda. Ele já respondeu a um processo em 2019 por conduzir veículo sem CNH, gerando perigo de dano. Além disso, ele é suspeito de envolvimento em um homicídio culposo ao participar de uma disputa de velocidade na BR 343, entre Teresina e Altos, no dia 17 de outubro de 2021.
Outro indivíduo identificado como Antônio Cezar de Lima Castro, conhecido como “Cezar do Grau”, possui 204 mil seguidores e em sua rede social, e, segundo a polícia, o mesmo faz postagens relacionadas à prática do “Grau/Rolezinho”,comparando a ação criminosa à “arte”.
Já Ana Clara Lima Silva, conhecida como “Aninha Xtremm”, que atualmente possui 30 mil seguidores nas redes sociais, foi identificada após realizar uma live no Instagram, onde várias pessoas foram flagradas praticando uma manobra ilegal conhecida como “grau e corte”. Anteriormente, ela teve um perfil com 86 mil seguidores excluídos da plataforma por violar suas regras de uso. Outro nome que também foi alvo das ações da polícia foi Evandro Caldas Sampaio, com 12 mil seguidores nas redes sociais, tornou-se conhecido por realizar manobras perigosas em uma motocicleta enquanto carregava uma criança e por compartilhar os acidentes em que se envolve. Ele também usa suas redes para ridicularizar o trabalho da polícia.