Na madrugada deste sábado (1º), o júri de três acusados de integrar um grupo de ideologia neonazista que espancou judeus em Porto Alegre, em 2005, chegou ao fim. Leandro Maurício Patino Braun foi condenado a 12 anos, 8 meses e 13 dias de prisão em regime fechado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa dos ofendidos. Os outros acusados, Israel Andriotti da Silva e Valmir Dias da Silva Machado Júnior, foram inocentados.
O advogado de Braun, Rodrigo Noble, afirmou que irá recorrer da decisão. Já José Paulo Schneider dos Santos, advogado de Israel, comemorou a decisão favorável ao seu cliente, alegando que sempre defendeu a inocência de Israel. O advogado Manoel Pedro Castanheira, que defendeu Valmir, afirmou que seu cliente nunca feriu a sociedade.
O caso aconteceu em em 2005 e envolveu um ataque de skinheads, grupo neonazista, contra três jovens judeus que caminhavam pela esquina das ruas Lima e Silva e República, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. As vítimas usavam quipás quando foram atacadas, e uma delas foi golpeada com faca, socos e pontapés.
As sessões do júri foram presididas pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva, titular do 2º Juizado da 2ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre. O processo sofreu uma divisão, e outras seis pessoas foram condenadas pelo mesmo crime anteriormente, em 2018 e 2019.