Recentemente, o IBGE divulgou informações sobre a tendência de viagens do piauiense, extraídas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Os dados mostram que 18,5% dos piauienses fizeram algum tipo de viagem em 2021, superando a média nacional de 12,7% e se consolidando como o maior índice proporcional do país.
Segundo dados da Coordenação de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC), Teresina também reflete a mesma situação, indicando que 38,4% dos teresinenses viajaram em 2021, contra 18,8% em 2020, representando um crescimento de 104% entre um ano e outro. Isso aconteceu porque aumentou a confiabilidade e a segurança em relação à Covid, por conta do avanço das vacinas e da rapidez com que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem alcançado a população.
Essas viagens, no entanto, geraram déficit na Balança Comercial do Turismo local, na medida em que os teresinenses gastaram lá fora mais do que os turistas injetaram na cidade, no ano de 2021. As viagens dos teresinenses, que utilizaram o aeroporto como portão de saída, tiraram de circulação R$ R$ 160 milhões, enquanto os turistas deixaram na cidade R$ 118 milhões, gerando um déficit de R$ 42 milhões para a nossa economia.
“É incontestável que a pandemia reduziu a motivação de negócios para a cidade. Em 2021, pesquisas indicaram um aumento considerável nas viagens de lazer e de visita a parentes, em detrimento dos negócios, que passaram a home office”, disse Marcelo Eulálio, secretário da SEMDEC.
O setor que mais sofreu foi o de eventos, quando as proibições de aglomeração não encontraram alternativas, a não ser as lives de cantores e grupos via Redes Sociais. No entanto, esse perfil está se recuperando. Em janeiro e fevereiro de 2022, o fluxo de embarcados e desembarcados pelo Aeroporto de Teresina chegou a 163.243 passageiros, superando o verificado nos dois primeiros meses de 2021, que alcançou 142.599 passageiros, um crescimento de 14,5%.
“O déficit maior para o Turismo de Teresina foi a retração do fluxo. Nos primeiros 4 meses de 2020, o fluxo caiu 95%, prejudicando hotéis, restaurantes e toda a cadeia produtiva do Turismo. Essa mesma queda voltou a ocorrer nos primeiros 4 meses de 2021, embora com menor intensidade”, completou Marcelo Eulálio.
PMT