O Sada Cruzeiro pediu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que permita que o oposto Wallace atue na reta final da Superliga. Na última segunda-feira, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) suspendeu o atleta por 90 dias, o que o impede de jogar os playoffs da competição. As defesas do Cruzeiro e de Wallace argumentam que, como a decisão foi tomada pelo COB, não há motivo para que o jogador não possa disputar a Superliga, já que o torneio é organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
Em janeiro, Wallace postou uma foto segurando uma arma em um estande de tiro e perguntou aos seguidores em uma enquete se “dariam um tiro no Lula”. O caso foi analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Voleibol, mas a denúncia foi arquivada após o órgão ter entendido que não havia relações entre o esporte e o comportamento de Wallace.
A defesa de Wallace argumenta que a suspensão do jogador das competições nacionais está sendo interpretada de forma irregular, ilegal e equivocada pela CBV, além de punir um atleta, campeão olímpico, sem qualquer antecedente. A defesa destaca que o Código de Conduta Ética do COB limita a sua aplicação apenas aos atos praticados no âmbito da atividade esportiva.
O Sada Cruzeiro ressaltou que não compactua com condutas que instiguem violência e acredita que os atletas, como figuras públicas que são, devem ter consciência da importância de seus atos também nas redes sociais. No entanto, o clube não concorda com a severidade de sanções sem lastro legal e pede que as autoridades, CBV e COB, revejam a severidade de medidas que não se encontram amparadas em regras explícitas.
O Sada Cruzeiro acredita que o ocorrido deve servir como um importante aprendizado para a sociedade como um todo. Entretanto, o time não concorda com a suspensão em jogos por atos que não têm ligação ou correlação com o esporte.