Diplomatas de diversos países abandonaram uma reunião da ONU em protesto contra a fala da comissária russa Tatiana Moskalkova, acusada de crimes de guerra. Moskalkova fez uma defesa enfática dos militares russos acusados de violações aos direitos humanos durante conflitos na Ucrânia e na Síria. A comissária ainda questionou a legitimidade da atuação do Tribunal Internacional de Justiça em casos envolvendo crimes de guerra.
A fala de Moskalkova causou indignação entre os diplomatas presentes na reunião, que repudiaram a postura da comissária russa e alegaram que suas declarações vão contra os valores e princípios da ONU. Diplomatas de diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França, deixaram o plenário em sinal de protesto.
Em uma nota oficial, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a organização “condena veementemente todas as violações dos direitos humanos, incluindo aquelas cometidas durante conflitos armados”. Dujarric ainda ressaltou a importância do respeito aos valores e princípios da ONU para a manutenção da paz e da segurança internacionais.
A Rússia, por sua vez, defendeu a postura de Moskalkova e alegou que a comissária está amparada pelo direito à liberdade de expressão. O país também acusou os diplomatas que deixaram a reunião de violarem as normas de conduta diplomática e de adotarem uma postura de confronto.
O episódio revela a tensão existente entre a Rússia e outros países em relação à atuação do país em conflitos internacionais e à postura adotada pelo governo russo em relação aos direitos humanos. A crise diplomática deve se agravar nos próximos dias, com possíveis retaliações por parte dos países que protestaram contra a fala de Moskalkova.