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Reservistas da Força Aérea de Israel protestam contra reformas judiciais

As Forças Armadas de Israel sofreram um duro golpe no domingo, depois que 37 pilotos da reserva da Força Aérea anunciaram que vão boicotar o próximo treinamento militar em protesto contra as reformas legais do governo, que veem como uma ameaça à democracia.

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, preside reunião semanal de seu Gabinete em Jerusalém- FOTO: Gil Cohen-Magen/AFP

Em carta enviada ao chefe do Estado-Maior, 37 dos 40 membros do 69º Esquadrão de Caças da Força Aérea, considerado uma das unidades de elite do exército israelense, disseram que “dedicariam” seu tempo a “discutir e pensar pelo bem da democracia” em vez de comparecer a um treinamento marcado para quarta-feira, de acordo com o Canal 12.

— Continuaremos a servir o Estado judeu e democrático de Israel em todos os momentos e através das fronteiras, mas decidimos fazer uma pausa de um dia para falar dos processos preocupantes que o país enfrenta — explicou à AFP um dos pilotos, que falou sob condição de anonimato.

A decisão sem precedentes marca uma das consequências mais graves da reforma judicial do governo, já que as Forças de Defesa (IDF) são consideradas uma das instituições mais sagradas e respeitadas de Israel, com histórico de separação entre militares e a política e sem a qual o país poderia enfrentar uma grave crise de segurança ou mesmo uma ameaça existencial.

— Testemunhamos todos os tipos de crises e problemas, mas agora as coisas estão realmente instáveis — disse um ex-comandante da IAF que preferiu não se identificar ao jornal Haaretz no domingo. — Apesar de todos os esforços para manter a coesão, no final as pessoas agem de acordo com o que sua consciência dita. A cada dia que passa, conforme a tempestade continua forte, fica mais difícil conter as pessoas. Muitos pilotos sentem que o contrato social mais básico com o país foi violado porque essas medidas estão sendo tomadas unilateralmente pelo governo, sem um amplo consenso.

Fonte: O Globo

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