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Escalas apontam que nem 20% dos ônibus rodaram durante as eleições

às 09:56

Foto: Reprodução

Um levantamento feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), baseado nas escalas de trabalho do domingo, 2 de outubro, mostra que apenas 54 ônibus circularam em Teresina durante a eleição. O número representa apenas 19,7% do total da frota, que é de 273 veículos.

De acordo com os documentos que o Cidadeverde.com teve acesso, o Consórcio Teresina disponibilizou 18 veículos; o Consórcio Sul 16 veículos; o Consórcio Poty 4 veículos e o Consórcio Urbanus 16 veículos, totalizando 54 ônibus.

A polêmica em torno do transporte público na eleição em Teresina teve início no dia 29 de setembro, quando a Prefeitura de Teresina determinou, por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), que 75% da frota de ônibus (205 veículos) circulasse. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) alegou que só poderia cumprir a determinação se a PMT bancasse os custos.

Na mesma data, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que fosse mantido em níveis normais o transporte público urbano durante a eleição.

Diante da iminência do teresinense ficar sem ônibus para exercer o direito do voto, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Erivan Lopes, determinou no início da noite de sábado (1) que os ônibus circulassem de forma normal no domingo, sob pena de multa de R$ 50 mil por hora para o empresário que desobedecer a decisão.

Durante a votação, eleitores relataram uma espera de até duas horas nas paradas de ônibus da capital, situação que fez o desembargador Erivan Lopes determinar uma investigação para apurar se houve um “boicote” por parte das empresas que atuam no transporte coletivo de Teresina.

Em nota à imprensa, o Setut disse que, mesmo não tendo a Strans oficiado às concessionarias em tempo hábil e, de acordo com as determinações legais, todos os consórcios e/ou empresas, dispenderam grandes esforços, juntamente com os trabalhadores, para poder operar uma frota 140%  maior do que a frota especificada para operar aos domingos. 

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