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Teresina tem mais de 1.200 casos de dengue confirmados

Teresina vive uma alta nos casos de dengue. A Diretoria de Vigilância em Saúde de Teresina informou nesta sexta-feira (1) que Teresina tem mais de 1.200 casos de dengue confirmados clinicamente. Além disso, dois óbitos por complicações da doença já foram confirmados na cidade.

Comparando com os primeiros dados divulgados no início do ano, os casos aumentaram significativamente. Em janeiro, Teresina tinha registrado 53 casos da doença.

Para as confirmações laboratoriais, foram enviadas amostras dos exames para o LaboratĂłrio Central de SaĂşde PĂşblica do PiauĂ­ (Lacn-PI). A diretora de Vigilância em SaĂşde da FMS, Amariles Borba, recomenda que a população procure os profissionais da saĂşde em caso de suspeita de dengue. â€śSe vocĂŞ está com dor no corpo, dor abdominal, e se quando está deitado e levanta, o mundo roda, por favor procure um serviço de saĂşde. Temos encontrado muitos casos graves”, explica Amariles.

Em todo o Piauí, o número de casos de dengue mais do que dobrou nos primeiros meses de 2022, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) registraram um aumento de 221,6%, que foi puxado por municípios como Curimatá, São Pedro do Piauí, Antônio Almeida, Avelino Lopes, Curralinhos e Teresina. Até o momento, a Sesapi informa no boletim duas mortes por dengue no Piauí.

A dengue Ă© uma infecção viral transmitida por mosquito que causa uma doença grave semelhante Ă  gripe e, Ă s vezes, causando uma complicação que pode provocar morte chamada dengue grave. A incidĂŞncia da doença aumenta no perĂ­odo chuvoso, quando a água parada facilita a reprodução do Aedes aegypti, um mosquito pequeno que pode ser identificado pelas listras brancas nas patas e corpo.

O vĂ­rus da dengue Ă© disseminado atravĂ©s de um ciclo de transmissĂŁo humano-mosquito-humano. Normalmente, quatro dias apĂłs ser picada por um mosquito Aedes aegypti infectado, uma pessoa desenvolve viremia, uma condição na qual há um alto nĂ­vel do vĂ­rus da dengue no sangue. A viremia dura aproximadamente cinco dias, mas pode durar atĂ© doze dias. 

A estratégia de controle adotada em Teresina destaca a importância do controle vetorial para prevenir a transmissão da doença, sendo realizado por profissionais de saúde em colaboração com a população das áreas endêmicas. 

A Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) informou que vai colocar em atividade os carros fumacê, devido ao aumento do número de casos de dengue. Nos próximos dez dias, o carro fumacê vai passar nos seguintes locais: zona Sul – Bela Vista, Lourival Parente, e Santo Antônio; zona Leste – São João, São Cristóvão e Morada do Sol; zona Norte – Alto Alegre, Nova Brasília e Nova Teresina; zona Sudeste – Dirceu II e Parque Poty.

A forma clínica clássica caracteriza-se pelos seguintes sintomas:

  • febre alta com duração de 2 a 7 dias;
  • dor de cabeça;
  • dor no corpo e nas juntas;
  • dor atrás dos olhos;
  • manchas vermelhas pelo corpo.

Quem tem diagnóstico de dengue, deve ficar atento ao surgimento dos sintomas a seguir e procurar imediatamente um médico:

  • dores fortes e contĂ­nuas na barriga;
  • vĂ´mitos persistentes;
  • sangramento por nariz, boca e gengivas;
  • sede excessiva e boca seca.

Veja que, com medidas simples, vocĂŞ pode combater a dengue:

  • nĂŁo deixe água acumulada sobre a laje;
  • jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc;
  • guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que nĂŁo acumulem água;
  • colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
  • nĂŁo jogar lixo em terrenos baldios;
  • manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais atĂ© o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
  • manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito;
  • manter bem tampados tonĂ©is e barris d’água;
  • encher de areia atĂ© a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabĂŁo semanalmente;
  • lavar semanalmente por dentro, com escova e sabĂŁo, os tanques utilizados para armazenar água;
  • remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
  • se vocĂŞ tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabĂŁo, pelo menos, uma vez por semana;
  • lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabĂŁo, os utensĂ­lios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.

*Com informações do Portal Meio Norte

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